Mobilidade e Sustentabilidade
Nossas cidades atravessam momentos difíceis, vivemos um caos
que não entendemos. Só o percebemos, quando se tem a impressão que todos, ou
quase todos, resolveram sair às ruas, com seus veículos automotores. Ou quando
os sistemas, de transporte público, colapsam, em virtude de greves, ou mesmo
quando revelam, a precariedade em que se
encontram. Não se faz investimento no segmento há muito tempo.
Estes sintomas e sensações nos fazem refletir e, constatamos,
como são obsoletos e de como não paramos,
para dedicar a atenção devida. Precisamos rediscutir e rever os planos. Não é possível
que continuem, circulando, pelas metrópoles, carros com um único passageiro, a
bordo. Fechamos os olhos e, continuamos, a privilegiar o transporte individual
motorizado.
O caos instalado e, intensificado, pelo aquecimento global,
a falta d’agua e não coleta de lixo e de resíduos, aumentam o desconforto. O cinismo, dos governantes e órgãos
responsáveis, tais como SABESP e CETESB .
Por exemplo, a SABESP, cobra de todos, nas contas, a taxa de tratamento de
esgoto, mas não nos da a contraprestação, que seria o tratamento deste. Tudo
isto amplifica, esta sensação ruim e, contribui, para que se alimente um
sentimento de desesperança e descrédito, nas ações políticas. Outro sintoma
que, demonstra a falta de planejamento, são os deslocamentos sem sentido, de um
lado para o outro das pessoas, que acabam desperdiçando horas e horas, entre
suas casas e os locais de trabalho. Perdendo estas, o convívio e a qualidade de
vida.
Temos exemplos de sucesso, em outros países, que poderíamos
implantar, imediatamente e, a um baixo
custo, e Compenhague serve para tanto. Esta cidade tem, como projeto, ser a
cidade mais amigável, para o ciclista. Estabelecendo como meta para
2015 este objetivo. Lá mais da metade da população, se desloca sobre duas rodas,
ou seja, a bicicleta. E segundo estudo, economiza-se o equivalente a 1 Real, na
saúde, quando um ciclista esta em circulação. Além de desenvolverem e aplicarem
projetos, que privilegiem as ciclovias.
As possibilidades, de integração, do modal bicicleta, aos outros modais
de transporte público, são alternativas sustentáveis, mas, os nossos
dirigentes, não as entendem como prioritárias e, não atentam que, além de não
poluidora, a bicicleta melhora o bem estar dos indivíduos.
Por estas razões, entendo que precisamos interferir e, com
urgência, definir a mobilidade urbana, como pauta principal. Não podemos
esperar mais, pois o caos já se instalou...
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